Veja como a fintech construiu sua história!
, jornalista da StartSe
5 min
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16 fev 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas
Mais demissões em fintechs. O Nubank demitiu cerca de 40 pessoas e fechou a assessoria de investimentos. As demissões têm relação com a estratégia da empresa.
Em nota, a fintech disse que, “como muitas empresas, realiza regularmente ajustes de acordo com as necessidades do negócio e de seus clientes. Depois de uma cuidadosa avaliação, a empresa decidiu encerrar o serviço de Assessoria de Investimentos, que estava disponível para uma pequena parcela de clientes”, diz.
(...) “Com isso, os funcionários deste departamento específico foram desligados. O quadro de funcionários do Nubank aumentou de 6 mil para 8 mil funcionários em 2022, e, conforme já anunciado, a empresa segue contratando, no ritmo adequado para seus planos de negócios em 2023”, completa.
Oito anos após sua fundação, o Nubank atingiu o valor de mercado de US$ 25 bilhões. A fintech recebeu um aporte de US$ 400 milhões, tornando-se a quarta maior instituição financeira da América Latina. Sua avaliação superou a do Banco do Brasil e é igual a do Santander no país.
Ao longo de sua trajetória, o banco digital se destacou pelos serviços descomplicados e atendimento ao cliente. Atualmente, atende mais de 34 milhões de usuários (a efeito de comparação, o Itaú atende mais de 56 milhões) e já está presente no México, Argentina e Colômbia. Desde o início, o objetivo da companhia é democratizar os serviços financeiros – e o Nubank segue nesta missão.
Conheça o passo a passo de evolução da companhia:
O Nubank foi criado em 2013 pelo colombiano David Vélez, o americano Edward Wible e a brasileira Cristina Junqueira. David Vélez veio ao Brasil quando se tornou sócio da Sequoia Capital e passou a ser responsável pelos investimentos da companhia na América Latina.
Cristina Junqueira trabalhou em consultoria estratégica e em bancos tradicionais, quando decidiu que gostaria de fazer diferente e se juntou aos dois fundadores. Edward Wible, responsável pela tecnologia na fintech, também trabalhou com consultoria e em empresas tech.
O cartão de crédito foi o primeiro produto do Nubank — e o que o tornou conhecido pelo Brasil. As diferenças frente às alternativas tradicionais eram nítidas desde o design até a possibilidade de pedir e realizar sua gestão completamente online. A cereja do bolo foi o preço, uma novidade à época: o cartão de crédito não tinha anuidade. Hoje, o produto se mantém da mesma forma.
Em setembro de 2014, quando os primeiros clientes estavam começando a utilizar o produto, o telefone do atendimento tocava diretamente no celular de Thaís Starling, independente do dia ou horário. Ela foi a segunda mulher a entrar no Nubank, após a própria Cristina Junqueira. Em uma entrevista à StartSe, ela contou que o objetivo era que os clientes se tornassem fãs e se apaixonassem pela empresa. A empresa continua reconhecida por esses pontos.
Em 2015, a empresa recebeu um investimento série B de US$ 30 milhões — um presságio do que continuaria acontecendo nos anos seguintes. Neste ano, também aconteceu o primeiro “WOW” — quando clientes recebem presentes relacionados a alguma experiência. Neste caso, a cliente recebeu, de surpresa, um brinquedo de cachorro (roxo, é claro), após relatar que sua cadela havia comido seu cartão.
Foi apenas dois anos depois do lançamento do cartão de crédito que o Nubank começou a desenhar um novo produto. Em 2016, a empresa começou a planejar a NuConta, sua conta digital.
A empresa também recebeu outro investimento: desta vez, de US$ 52 milhões, em uma rodada série C.
O lançamento da NuConta aconteceu apenas em 2017, de forma progressiva. A empresa criou uma campanha que ironizava símbolos dos bancos tradicionais: a típica porta-giratória se tornou uma “peça de museu”, exposta na Pinacoteca de São Paulo. Assim como o cartão de crédito, a abertura de conta era (e continua) totalmente online e sem taxas.
Em 2018, o Nubank se tornou o segundo unicórnio brasileiro. Isto é, startup avaliada em US$ 1 bilhão. Ela ganhou este título em fevereiro, logo após a 99 (que foi adquirida pela chinesa Didi Chuxing). A fintech alcançou esse valor de mercado após uma rodada série E de US$ 150 milhões.
Em 2018, os aportes no Nubank atingiram a casa de três dígitos. Neste ano, a empresa já ocupava o escritório atual, localizado na Rua Capote Valente, em São Paulo. São 9 mil m² com direito a rooftop, pet friendly, biblioteca e mais.
Veja por dentro do Nubank:
Foi em 2019 que a fintech superou alguns marcos. A empresa atingiu 12 milhões de clientes, mas não parou por aí!
A empresa anunciou o início de sua expansão internacional, começando pelo México e Argentina. A companhia escolheu países da América Latina devido a similaridades culturais e de necessidades. No México, a companhia iniciou pelo mesmo caminho, passando a ofertar o cartão de crédito.
Já no Brasil, a companhia também passou a “rechear” a NuConta, passando a oferecer empréstimos pessoais.
A expansão internacional continuou acontecendo em 2020, mesmo em meio à pandemia. Desta vez, o país escolhido foi a Colômbia, onde nasceu David Vélez.
Em terras tupiniquins, a companhia realizou sua primeira aquisição, no modelo “acqui-hiring”, em que o foco é a contratação dos funcionários. O Nubank adquiriu a Plataformatec para integrar os desenvolvedores ao seu time de tecnologia.
A compra de outras empresas continuou em setembro de 2020. Desta vez, foi da plataforma de investimentos Easynvest e da empresa americana de tecnologia Cognitect.
E não acaba por aqui: no ano passado, a companhia recebeu um investimento de US$ 300 milhões. Já em seu portfólio de produtos, foi a vez de lançar o seguro de vida dentro da NuConta. Confira a análise da StartSe sobre o caso:
2021 está apenas no início, mas o Nubank começou com o pé direito. A empresa comemorou ter atingido 34 milhões de clientes (mais do que o dobro dos 12 milhões de clientes de 2019!) e uma rodada de investimentos série G de US$ 400 milhões.
Agora, a fintech se aproxima cada vez mais do tamanho dos bancos tradicionais. Avaliada em US$ 25 bilhões, a companhia superou o valor de mercado do Banco do Brasil; se equipara ao Santander e está cada vez mais próxima do Itaú (inclusive em número de clientes).
É através dos detalhes que podemos aprender com o Nubank. Ao analisar sua trajetória, é visível o cuidado e o tempo de lançamento entre um produto e outro; a consistência ao levantar investimentos e a internacionalização através de países mais semelhantes ao Brasil.
A companhia nos mostra que a pressa é importante, mas nos lugares corretos: no atendimento ao cliente e na construção de uma marca persistente. Neste ano, foi considerado o banco mais querido pelos consumidores brasileiros e uma das dez marcas mais amadas no país em 2020, de acordo com a pesquisa eCGlobal.
Em maio de 2021 o Nubank também anunciou sua primeira reformulação de marca, com a adoção de um novo logo e um reposicionamento no mercado. Tudo bem no momento de rumores de um possível IPO a ser realizado na bolsa de Nova York.
O banco digital demitiu cerca de 40 pessoas e o serviço de assessoria de investimentos, que estava disponível para uma pequena parcela de clientes.
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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